Para que a saúde geral seja completa é preciso cuidar não apenas dos dentes, mas também dos tecidos moles da boca, como gengiva, bochechas e língua.
Quando a higiene bucal é realizada de maneira não eficaz, ocorre o favorecimento da presença de restos de alimentos e formação de placa bacteriana na superfície dos dentes.
A placa apresenta em seu interior microorganismos que liberam toxinas e favorecem danos à gengiva. Em contato com a gengiva, essas bactérias podem acarretar uma doença chamada gengivite.
Além disso, alguns fatores podem aumentar o risco do desenvolvimento da doença, como o hábito de fumar, doenças sistêmicas como diabetes, próteses mal adaptadas, dentes desalinhados, restaurações insatisfatórias, gravidez, alguns tipos de medicações e altos níveis de estresse.
Quando a gengivite não é adequadamente controlada/tratada, pode evoluir para periodontite (caso mais avançado), podendo levar até a perda dos dentes em casos mais graves.
A gengiva saudável possui uma coloração rosada, não sangra facilmente e tem um aspecto de casca de laranja. Assim, quando verificar alguma alteração como o sangramento gengival, vermelhidão, inchaço ou mau hálito/gosto ruim persistente na boca, sensibilidade excessiva é preciso procurar o seu dentista o mais rápido possível, já que em muitos casos a doença pode não gerar dor.
Como deve ser o tratamento ideal?
O tratamento da doença se iniciará quando o dentista fizer o diagnóstico do problema.
Diversos são os tipos de tratamento e irão depender do estágio em que a doença está. Quanto mais cedo for detectada, mais simples serão os tratamentos e maiores as chances de sucesso.
Assim, poderão ser realizadas desde um procedimento específico mais simples como a raspagem do cálculo (tártaro) formado e limpeza dos tecidos até cirurgias em casos mais avançados (de periodontite).
Assim, é importante sempre prevenir e neste caso a remoção da placa bacteriana é a chave para o sucesso.
Cuidados simples, mas diários, podem evitar complicações.
É preciso manter os cuidados diários com a saúde bucal adequados (escovação associada ao uso de fio dental), manter uma dieta balanceada, ficar atento aos possíveis primeiros sinas da gengivite e visitar o seu dentista com frequência, para evitar maiores complicações. Pense nisso!
Colaboração: Dra. Livia Fávaro Zeola
Graduada pela Universidade Federal de Uberlândia.
Especialista em Dentística Restauradora – Universidade de São Paulo, USP – Ribeirão Preto.
Mestre em Odontologia – Universidade Federal de Uberlândia.
Doutora em Odontologia – Universidade Federal de Uberlândia, com Estágio Sanduíche na Universidade de Washington, Seattle, Estados Unidos.